Conheça o Empreendedorismo Digital

Empreendedorismo

Conheça o Empreendedorismo Digital

Luiz Duarte
Escrito por Luiz Duarte em 26/05/2017
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Na data em que escrevo este post, eu estou trabalhando há 11 anos com tecnologia. De todo este tempo, faz 7 anos que decidi me tornar também, além de profissional, empreendedor. E desde 2013 decidi que iria incentivar cada vez mais pessoas a seguirem esse mesmo caminho do empreendedorismo.

Eu realmente acredito que somente pessoas empreendedoras podem fazer a diferença no mundo, nas empresas, na vida de todos nós. Somente pessoas empreendedoras podem nos tirar dessa crise mundial (e principalmente nacional) e como eu não tive essa oportunidade de conhecer o empreendedorismo mais cedo, quero dar essa oportunidade aos estudantes de agora, pensando no futuro de todos nós.

No vídeo abaixo, falo um pouco sobre este assunto também, se preferir assistir ao invés de ler a postagem:

“Mas como assim, pessoas empreendedoras? Eu não quero ter uma empresa ou coisa do tipo.”

Empreender não tem nada a ver com se tornar um empresário. Ou ao menos um não te obriga a ser o outro. Segundo o dicionário, empreender é decidir realizar tarefa difícil ou trabalhosa, tentar, pôr em execução. Um empreendedor não é aquele que fala, é aquele que faz. É o cara da ação, não da reação.

Vivemos em um mundo em crise. Filas e filas de desempregados são vistas não só no Brasil, mas na Espanha, em diversos pontos da Europa e mesmo no grandioso EUA. Simplesmente não há emprego pra todo mundo. Ponto. As empresas não estão conseguindo crescer como gostariam. Consequentemente, não conseguem abrir tantas vagas quanto a população precisa. E esse ciclo vicioso destrói nossa economia e com elas nossas esperanças e aspirações de ter uma vida melhor.

Em grande parte, isso é devido à falta de empreendedores nas empresas. Ou ao menos de empresários empreendedores.

Steve Jobs e Steve Wozniak personificam bem o que falo sobre empreendedores não precisarem ser empresários. Jobs sim, queria ter uma empresa gigantesca e mudar o mundo. Wozniak não, apenas queria criar coisas maravilhosas com tecnologia. Ambos eram empreendedores, mas apenas Jobs, empresário.

E empreendedorismo é para todos!

O mais interessante do empreendedorismo, é que ele não exige uma idade específica. Desde Ray Kroc, que com mais de 50 anos fundou o McDonalds, até Robert Nay, que com 14 anos aprendeu programação com um livro da escola e criou seu primeiro app de sucesso que teve mais de 6 milhões de downloads.

Empreendedorismo não exige uma cor específica. Como Raiam Santos, brasileiro, negro, ex-morador do subúrbio do Rio de Janeiro que arriscou tudo e decidiu ir morar e estudar nos EUA, pagando seus estudos jogando Futebol Americano universitário. Hoje, um escritor bem sucedido com vários livros best-sellers na Amazon.

Empreendedorismo não exige que você more em um país desenvolvido, como provou o chinês Jack Ma, fundador do grupo Alibaba.com, bilionário e que foi rejeitado 11x por Harvard e que até mesmo não passou em entrevistas de emprego para redes de fast-food.

Mas se você quer ganhar dinheiro empreendendo para si mesmo, nada é mais democrático do que o empreendedorismo digital, geralmente relacionados a Lifestyle Business.

Mas por que empreender digitalmente?

O empreendedorismo digital não exige que você tenha um alto custo inicial com um ponto comercial, com mobília ou fachada. Jeff Walker fez milhões de dólares vendendo assinaturas de uma newsletter de investimento (talvez o precursor da Empiricus), uma operação completa e lucrativa operada a partir de sua casa e seu laptop.

Empreendedorismo digital não exige que você vá ao escritório todos os dias, ou sequer que tenha um escritório, que tenha uma localização específica, como prova Marcus Lucas, que há anos mora fora do Brasil, na Tailândia, ensinando empreendedorismo e marketing digital para outros que anseiam por serem nômades digitais.

O empreendedorismo digital não tem fronteiras, afinal, se você vende pela Internet, o seu mercado é o mundo, como provou Mark Zuckerberg e seu Facebook ou ainda Melyssa Griffin e seus cursos de marketing nas redes sociais que ela leciona para milhares de pessoas em todos os cantos do mundo, e que ela começou quando ainda morava em Tóquio.

Nenhum tipo de negócio é mais democrático do que empreender digitalmente.

“Mas que tipo de negócio digital que eu posso criar?”

Geralmente o mais óbvio é vender os seus serviços online. Se você sabe desenhar, suba seu portfólio para o Fiverr.com e receba em dólares por suas ilustrações, montagens, etc. Se você sabe programar, cadastre-se no Freelancer.com para receber propostas de freelas.  Qualquer coisa que você saiba fazer, pod ter alguma pessoa interessada em contratar, e o custo de começar um negócio digital desse tipo é zero. Você só precisa ter coragem.

Alguns empreendedores inclusive transcendem esse modelo. Ao invés de venderem os seus serviços, eles revendem o serviço de terceiros, como Chad Mureta, que possui dezenas de apps publicados que já lhe renderam milhões de dólares, mas que ele não desenvolveu nenhum. Ele é um cara que tem boas ideias e que paga para outros desenvolvedores colocarem elas em prática pra ele.

Outro negócio digital que dá muito dinheiro na Internet é o ensino online. E não estou falando de colocar vídeos no Youtube ensinando alguma coisa de graça, em troca de centavos a cada mil visualizações do seu vídeo. Isso só vai te dar dinheiro se você tiver legiões de seguidores. Falo de plataformas como Udemy, onde você coloca o seu curso à venda e fica com metade do valor das vendas. É o que fez Jamilton Damasceno, que já largou do seu cargo de Analista de Sistemas e hoje se dedica integralmente à ensinar online sobre como desenvolver apps Android.

Se você gosta de escrever, ebooks são a melhor opção de negócio digital pra você. Você escreve um livro sobre o que você quiser, com quantas páginas você achar necessário, decide o preço que quiser ganhar e cadastra seu livro gratuitamente na Amazon, usando o Kindle Direct Publishing e em 24h tem o seu livro sendo vendido no mundo inteiro, digitalmente. Eu estou engatinhando ainda no mercado de ebooks, mas mestres como Eldes Saullovivem hoje inteiramente dos mesmos.

Ainda para os que curtem escrever, criar um blog (assim como esse), pode ser uma excelente opção. Escolha um tema, escreva sobre ele, divulgue o blog nas redes sociais e em breve você terá uma audiência consumindo seus materiais. Uma vez que tenha uma audiência consistente, existem boas maneiras de lucrar com ela. E não precisa ser um tema muito profundo não, blogs de bobagem como o Não Salvo do Cid faturam muita, mas muita grana, com futilidades.

Agora, se você tem uma pegada mais comercial, vender online pode ser o melhor negócio para você. E não falo de vender as suas coisas no OLX e Mercado Livre. Falo de vender produtos mesmo, principalmente os importados da China que possuem custo baixíssimo, usando técnicas de dropshipping e plataformas como o Alibaba.com. Ainda dentro de vendas online, estão extremamente na moda as subscription boxes, caixas temáticas que você paga uma mensalidade pra receber em casa todos os meses. A Glossy Biju funciona assim por exemplo, bem como a Wine, a Clube do Malte e tantas outras.

Já para os leitores que gostam de falar, ter um podcast é melhor do que ter um blog. Os podcasts são hoje o que as rádios foram no passado. Pessoas de todas as idades consomem conteúdo em áudio sobre seus temas favoritos, sejam eles quais forem, e plataformas como a SoundCloud te permitem divulgar seu podcast fácil e rapidamente. E uma vez que você tenha uma grande audiência, você pode arranjar patrocinadores, vender outros produtos, etc. O Tim Ferriss é o maior mestre nisso (além de autor de livros interessantíssimos), com seu podcast The Tim Ferriss Show ouvido por milhões de pessoas e que cuja cota de  patrocínio custa U$50 mil dólares por episódio.

E por fim, talvez o que tenha mais potencial, mas que seja mais difícil de criar, são os softwares e apps úteis, que ajudem as pessoas. Eu criei o Busca Acelerada, um site que ajuda as pessoas a encontrarem as melhores ofertas de veículos da Internet. Já o Lim Ding Wen, malasiano de 9 anos, criou o Doodle Kids, um app para crianças desenharem com o dedo no smartphone que teve mais de 200 mil downloads. Sensacionais, úteis e lucrativos!

Conclusões

Por hoje é isso, queria deixar em você essa vontade de saber mais e principalmente, a vontade de empreender. Conheça meus outros posts da categoria Empreendedorismo e deixe seu comentário aí embaixo.

Gostou das referências de empreendedores? Mais detalhes sobre essas fantásticas pessoas no post 6 Empreendedores Lifestyle para se inspirar.

Falo mais sobre empreendedorismo como dev no vídeo abaixo.

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